Postado por producaomgsites em 09/jan/2025 - Sem Comentários
Os cálculos renais são uma condição de saúde comum no Brasil, afetando entre 8% a 12% da população adulta. Durante o verão, o número de casos pode aumentar em até 30% devido à desidratação e outros fatores.
Embora muitos cálculos renais sejam pequenos e possam ser tratados de forma menos invasiva, os grandes e complexos, como os cálculos coraliformes, representam um desafio significativo. Para entender melhor essa questão, conversamos com o Dr. Leonardo Gomes, especialista em urologia da UROBH, que nos explicou as particularidades desse tipo de cálculo e as inovações no seu tratamento.
“Os cálculos renais podem variar bastante em tamanho, forma e composição”, explica o Dr. Leonardo. Ele destaca que aqueles acima de 2,0 cm no maior diâmetro e com ramificações que ocupam mais de um cálice renal são considerados complexos. “O tipo de cálculo mais desafiador é o coraliforme, que pode ocupar todo o sistema de drenagem do rim, lembrando o formato de um coral”, acrescenta.
Esses cálculos não apenas causam dor e infecções urinárias recorrentes, mas também podem crescer silenciosamente, comprometendo gradualmente a função renal.
A detecção e o tratamento precoces são cruciais para evitar complicações mais graves, como a perda da função renal.
Alguns indivíduos estão mais propensos a desenvolver cálculos renais complexos.
“Pacientes com alterações anatômicas renais, como rim em ferradura ou hidronefrose, e aqueles com infecções urinárias recorrentes ou distúrbios metabólicos, apresentam um risco aumentado”, explica o Dr. Leonardo.
Prevenir a formação de novos cálculos após o tratamento é fundamental. “Todo paciente que trata cálculos renais deve ser acompanhado para prevenir a formação de novas pedras”, orienta o Dr. Leonardo. O acompanhamento inclui avaliação metabólica e orientações sobre hábitos de vida saudáveis.
O diagnóstico detalhado, utilizando tomografia computadorizada, é essencial para planejar o tratamento adequado. “Adotamos uma abordagem personalizada chamada PSA (Patient Stone Approach), que considera as características da pedra e as preferências do paciente”, comenta o especialista.
O tratamento tradicional para cálculos renais complexos, como a cirurgia renal percutânea, embora eficaz, pode envolver complicações como sangramento e infecções. No entanto, o Swiss Lithoclast Trilogy representa uma inovação significativa.
“O Trilogy combina energias balística e ultrassônica com aspiração contínua, fragmentando cálculos de qualquer composição de forma eficiente e rápida”, explica o Dr. Leonardo. Isso reduz o risco de fragmentos residuais e minimiza as chances de complicações.
Durante o procedimento, um probe descartável do Trilogy é inserido através de um nefroscópio para fragmentar e aspirar os cálculos. “Comparado aos métodos tradicionais, o Trilogy reduz pela metade o tempo de fragmentação, melhora a visualização e diminui o risco de infecção”, ressalta o Dr. Leonardo.
Após a cirurgia, a recuperação é rápida. “A maioria dos pacientes tem alta no dia seguinte e pode retornar às atividades normais rapidamente”, afirma o Dr. Leonardo, enfatizando a importância de exames de controle e remoção rápida do cateter duplo J para acelerar a recuperação.
Além da eficiência no tratamento, o Trilogy oferece segurança adicional ao reduzir o tempo de procedimento e melhorar a precisão cirúrgica. “A aspiração contínua durante a fragmentação previne infecções e melhora a segurança do paciente”, conclui o Dr. Leonardo.
Com essas inovações, a UROBH se posiciona na vanguarda do tratamento de cálculos renais complexos, proporcionando aos pacientes uma solução mais segura e eficaz.
Postado por producaomgsites em 04/dez/2024 - Sem Comentários
A cistectomia robótica, uma abordagem tecnológica no tratamento de câncer de bexiga e outras condições específicas, representa um avanço significativo em termos de precisão cirúrgica, recuperação e qualidade de vida para os pacientes.
O Dr. Carlos Henrique Matos esclarece as principais indicações, diferenças entre as abordagens e os benefícios dessa técnica inovadora.
A cistectomia robótica é indicada principalmente em casos de câncer de bexiga com invasão da camada muscular. No entanto, também pode ser utilizada em outras situações, como recidivas frequentes ou falhas em tratamentos anteriores para tumores superficiais.
“Cada caso é avaliado com atenção para garantir que o procedimento seja o mais adequado e eficiente para o paciente,” explica Dr. Carlos.
A origem do tumor influencia a abordagem cirúrgica. Quando o tumor invade a bexiga a partir de outros órgãos, como útero, intestino ou ovário, é possível realizar uma cirurgia mais conservadora, preservando partes da bexiga.
“Em situações onde a origem do tumor não é a bexiga, conseguimos muitas vezes limitar a remoção apenas à área acometida, preservando funções e reduzindo os impactos,” destaca.
Na cistectomia parcial, apenas a área afetada da bexiga é removida. Já na radical, todo o órgão é retirado, e o procedimento inclui estruturas adjacentes.
Nos homens, isso envolve a próstata e vesículas seminais; nas mulheres, o útero e parte do fundo vaginal.
A cistectomia robótica combina alta tecnologia para realizar a remoção da bexiga com maior precisão e menor impacto para o paciente.
O procedimento inclui a retirada do órgão, a remoção de linfonodos pélvicos e a reconstrução da drenagem urinária – frequentemente usando parte do intestino para criar uma nova bexiga (neobexiga) ou desviar o fluxo urinário.
“O uso do robô cirúrgico reduz complicações, sangramentos e efeitos colaterais. Tecnologias como endogrampeadores e fluorescência infravermelha ajudam a maximizar a segurança e a eficácia do procedimento,” explica Dr. Carlos.
Os benefícios incluem:
A perda parcial ou total da bexiga têm diferentes impactos, dependendo do tipo de reconstrução.
Na cistectomia parcial, a capacidade da bexiga pode ser temporariamente reduzida, mas tende a se adaptar com o tempo, sem grandes transtornos para o paciente.
Já na cistectomia radical, a reconstrução pode ser feita de duas formas principais:
“Escolhemos a técnica mais adequada ao perfil e às condições do paciente, garantindo o melhor equilíbrio entre funcionalidade e qualidade de vida,” reforça Dr. Carlos.
A cistectomia robótica é especialmente recomendada em casos de câncer de bexiga invasivo ou para cirurgias mais complexas, onde a precisão e os benefícios da tecnologia fazem grande diferença. No entanto, em estágios muito avançados da doença ou quando há invasão de outros órgãos, a abordagem robótica pode não ser indicada.
Para prevenir, o Dr. Carlos enfatiza a importância de consultas regulares com um urologista, cessação do tabagismo – principal fator de risco para câncer de bexiga – e a adoção de hábitos saudáveis, como controle do peso e alimentação equilibrada.
A cistectomia robótica representa um avanço transformador no tratamento de câncer de bexiga, combinando tecnologia e precisão para garantir segurança e recuperação mais rápida aos pacientes.
Postado por producaomgsites em 04/nov/2024 - Sem Comentários
O Novembro é o mês especialmente dedicado à saúde do homem, com foco no combate e na conscientização sobre o câncer de próstata. Dr. Leonardo Gomes, urologista da UROBH, compartilha orientações essenciais para entender melhor os sinais, fatores de risco e as novas tecnologias que podem fazer a diferença no enfrentamento dessa doença.
Abaixo, ele esclarece as dúvidas mais comuns e destaca como o diagnóstico precoce pode ser determinante para salvar vidas.
Na experiência do Dr. Leonardo na UROBH, “a maioria dos pacientes que atendemos para exames periódicos não apresenta sintomas, especialmente quando a doença está em estágio inicial.” A falta de sintomas nas fases iniciais é um dos maiores desafios, reforçando a importância da consulta e dos exames regulares.
“Alguns pacientes que chegam para tratamento com cirurgia robótica apresentam sintomas urinários, como dificuldade para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, especialmente em casos avançados,” observa Dr. Leonardo.
Quando o câncer avança para os ossos e outros órgãos, a dor pelo corpo e até fraturas podem ocorrer, reforçando que o diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações.
Dr. Leonardo aponta que os homens costumam ter receios bem específicos ao receber o diagnóstico de câncer de próstata.
“A primeira preocupação é sempre com a chance de cura,” comenta. Muitos também temem efeitos colaterais dos tratamentos, como a perda da função erétil, a redução da libido e o risco de incontinência urinária.
Nos casos mais avançados, o impacto do tratamento hormonal na qualidade de vida é outro ponto que frequentemente gera apreensão.
O câncer de próstata possui fatores de risco importantes, como obesidade, histórico familiar de câncer e a cor da pele, sendo que homens negros estão em maior risco.
Para reduzir as chances de desenvolver a doença, Dr. Leonardo recomenda adotar um estilo de vida saudável, com atividades físicas regulares, boa alimentação e controle do peso.
“Essas mudanças reduzem o estado inflamatório do corpo e ajudam a combater o risco de um câncer mais agressivo,” enfatiza.
A suspeita do câncer de próstata começa com a dosagem do PSA e o exame de toque retal, sendo confirmado com ressonância magnética da próstata, quando há suspeita da presença do câncer.
Quando a ressonância magnética aponta uma área alterada, na UROBH sugerimos a biópsia de próstata pela via transperineal com fusão de imagens, tecnologia que aumenta a precisão e segurança para confirmar o diagnóstico.
Segundo Dr. Leonardo, “o PET-CT com PSMA é uma alternativa para casos mais avançados já que possui uma acurácia superior aos exames tradicionais de tomografia e cintilografia óssea para detectar metástases”.
Dr. Leonardo acredita que a medicina está se tornando cada vez mais personalizada e precisa.
“Novos exames e testes moleculares e genéticos têm surgido para aprimorar a precisão dos diagnósticos. Com o aumento do entendimento dos pacientes sobre a importância do diagnóstico precoce e os benefícios de uma vida saudável, estamos dando passos importantes no combate a essa doença,” reflete.
A prática de consultas regulares e o conhecimento sobre os fatores de risco fortalecem uma rotina de autocuidado e prevenção, essenciais na saúde do homem.
Para Dr. Leonardo Gomes, é fundamental que os homens consultem o urologista regularmente, não apenas em novembro, mas ao longo de todo o ano. Essas consultas possibilitam discutir as melhores estratégias para melhorar a saúde masculina.
O diagnóstico precoce e a prevenção são aliados essenciais para garantir bem-estar e qualidade de vida, reduzindo significativamente os riscos de complicações.
Postado por producaomgsites em 25/jul/2024 - Sem Comentários
A nefrectomia parcial, especialmente com o uso da cirurgia robótica, tem revolucionado o tratamento do câncer de rim. Abaixo, explicamos em detalhes essa tecnologia inovadora com insights do Dr. Leonardo Gomes Lopes.
“As cirurgias minimamente invasivas já eram amplamente utilizadas no tratamento do câncer de rim, mas com os avanços tecnológicos, especialmente a cirurgia robótica, a necessidade de cirurgia aberta se tornou restrita a casos específicos”, explica o Dr. Leonardo.
Na cirurgia laparoscópica, pequenos furos são feitos na região abdominal, por onde instrumentos especiais são introduzidos. “Operamos utilizando um sistema de vídeo conectado a uma câmera que mostra em detalhes o interior do abdome, o rim e o tumor a ser tratado”, detalha o Dr. Leonardo.
Na cirurgia robótica, pinças articuladas robóticas e uma câmera com visão 3D, controladas pelo urologista, melhoram significativamente a performance do cirurgião experiente e treinado.
Foto mostrando a tomografia abdominal com a reconstrução 3-D de um tumor renal, na avaliação pré operatória da nefrectomia parcial robótica.
“As cirurgias minimamente invasivas proporcionam uma recuperação mais rápida e um retorno precoce às atividades cotidianas em comparação com a cirurgia aberta”, afirma o Dr. Leonardo.
Ele ainda acrescenta que “a cirurgia robótica apresenta menos sangramento e oferece maior segurança e precisão, especialmente em casos de tumores complexos, muitas vezes viabilizando a preservação do rim.”
Preservar o máximo de tecido renal saudável é crucial para reduzir o risco de insuficiência renal e a necessidade de hemodiálise no futuro. “Isso é particularmente importante para pacientes idosos ou com outras comorbidades que já tenham algum grau de perda de função renal”, destaca o Dr. Leonardo.
“A nefrectomia parcial é geralmente indicada para tumores de rim menores de até 4 cm e em situações onde preservar a função do rim é crucial, como em pacientes com rim único ou insuficiência renal”, explica o Dr. Leonardo.
Com o advento da cirurgia robótica, a técnica se expandiu para tumores maiores e mais complexos. “A seleção de pacientes inclui uma avaliação minuciosa de imagem para garantir a segurança e eficácia do procedimento”, completa.
Imagens de um caso real de nefrectomia parcial robótica.
Estudos comprovam a eficiência da nefrectomia parcial em termos de controle do câncer e manutenção da função renal.
“As cirurgias minimamente invasivas reduzem o tempo de recuperação, internação e risco de sangramento em comparação com a cirurgia aberta”, explica o Dr. Leonardo.
Apesar dos benefícios, o acesso à cirurgia robótica ainda é limitado. “Muitos procedimentos são realizados de forma particular ou com pagamento complementar, pois apenas alguns planos de saúde cobrem esse tratamento e ele é raramente disponível pelo sistema público de saúde”, observa o Dr. Leonardo.
“O tratamento cirúrgico do tumor de rim localizado tem evoluído significativamente, com a cirurgia robótica sendo o ápice desse desenvolvimento”, afirma o Dr. Leonardo.
Avanços em quimioterapia e imunoterapia também têm melhorado a sobrevivência dos pacientes. “Tecnologias de radiologia, como a tomografia com reconstrução tridimensional, têm auxiliado no diagnóstico e planejamento cirúrgico”, acrescenta.
“Inovações tecnológicas, como a integração da inteligência artificial na análise de dados e seleção de pacientes, podem transformar ainda mais o tratamento do câncer de rim”, destaca o Dr. Leonardo.
“A plataforma robótica já permite a utilização de imagens em tempo real durante a cirurgia, e a análise dessas imagens pode prever as chances de recuperação do rim.”
Cirurgia real de nefrectomia parcial realizada pela equipe da UROBH.
“A tecnologia tem sido uma aliada poderosa dos urologistas no tratamento do câncer de rim“, afirma o Dr. Leonardo.
Ele destaca a importância de os médicos se manterem atualizados e constantemente capacitados para oferecer tratamentos de qualidade que tragam resultados positivos para os pacientes.
A nefrectomia parcial robótica representa um avanço significativo no tratamento do câncer de rim, combinando precisão, segurança e recuperação mais rápida.
À medida que a tecnologia continua a evoluir, as possibilidades de tratamentos mais eficazes e menos invasivos tornam-se cada vez mais promissoras.
Postado por producaomgsites em 12/jul/2024 - Sem Comentários
A prostatectomia robótica, realizada com o avançado sistema Da Vinci X, representa um marco significativo na evolução das técnicas cirúrgicas.
Comparada à cirurgia aberta e laparoscópica tradicional, a abordagem robótica oferece uma visualização tridimensional ampliada do campo cirúrgico e permite movimentos mais precisos e amplos dos instrumentos. “Na cirurgia aberta e laparoscópica convencional, o controle e a visualização são mais limitados, o que pode dificultar a precisão em procedimentos complexos”, explica o Dr. Mateus Furtado Rocha.
Equipe UROBH em cirurgia
Os benefícios dessa técnica são notáveis. Os pacientes experimentam menor perda de sangue, menos dor pós-operatória e um risco reduzido de infecção devido às pequenas incisões.
A recuperação é mais rápida, com alta hospitalar precoce e retorno acelerado às atividades normais. Além disso, há uma melhor preservação das funções urinárias e sexuais.
Para efeito de comparação, a cirurgia aberta envolve maiores incisões e, consequentemente, mais dor e maior tempo de recuperação, enquanto a laparoscopia convencional não oferece a mesma precisão e amplitude de movimento.
Próstata removida
“Os pacientes submetidos à prostatectomia robótica geralmente experimentam uma recuperação mais rápida e com menos complicações”, destaca Dr. Mateus Furtado Rocha.
A técnica minimamente invasiva resulta em menos dor, menor necessidade de medicamentos analgésicos, e uma volta mais rápida às atividades normais. Em termos de qualidade de vida, os resultados são notavelmente melhores, especialmente no que diz respeito à continência urinária e função sexual, devido à precisão na preservação das estruturas nervosas.
A tecnologia robótica amplifica as habilidades do cirurgião. Com uma visão detalhada e controle aprimorado dos instrumentos, o cirurgião pode realizar movimentos mais precisos e delicados, reduzindo a fadiga e aumentando a eficiência operatória.
“O robô se posiciona como uma das opções mais avançadas e eficazes para o tratamento cirúrgico do câncer de próstata”, afirma Dr. Mateus Furtado Rocha. Estudos demonstram que a prostatectomia robótica é segura e eficaz, com taxas de cura do câncer semelhantes ou superiores às da cirurgia aberta e laparoscópica, e menores taxas de complicações perioperatórias.
Entre os desafios estão o alto custo do equipamento e a necessidade de treinamento especializado. Superar essas limitações requer investimentos em infraestrutura e programas de treinamento robustos.
No entanto, Dr. Mateus é otimista: “O futuro do tratamento do câncer de próstata é promissor, com avanços contínuos na tecnologia robótica e outras modalidades de tratamento”.
Inovações como a integração de inteligência artificial e aprendizado de máquina prometem melhorar ainda mais o planejamento cirúrgico e a precisão intraoperatória.
Tecnologias de imagem avançadas e técnicas de realidade aumentada estão sendo exploradas para fornecer uma visão ainda mais detalhada durante a cirurgia, tornando a prostatectomia robótica ainda mais eficaz e acessível.
O sistema Da Vinci X tem transformado o tratamento do câncer de próstata, permitindo que os cirurgiões realizem procedimentos complexos com maior segurança e eficácia.
Dr. Mateus Furtado Rocha destaca: “É uma ferramenta poderosa que continua a evoluir, proporcionando melhores resultados para os pacientes e redefinindo os padrões de cuidado na cirurgia urológica”.
Postado por producaomgsites em 20/jun/2024 - Sem Comentários
A tecnologia a laser tem revolucionado a medicina em várias áreas, e na uro-oncologia não é diferente. A enucleação de tumor de bexiga com laser surge como um avanço significativo, trazendo inúmeros benefícios tanto para os pacientes quanto para os profissionais da saúde.
Para explorar mais sobre essa técnica inovadora, entrevistamos o Dr. Carlos Henrique Matos, especialista aqui da UROBH.
A tecnologia do laser permite enuclear a lesão preservando toda a sua estrutura. Segundo o Dr. Carlos Henrique Matos, “todo o tecido tumoral é retirado em bloco único com margem de segurança do tecido normal da bexiga e segue para análise da biópsia pelo patologista.”
Isso diferencia a enucleação a laser da ressecção transuretral (RTU) tradicional, que envia fragmentos da lesão para biópsia, tornando a análise menos precisa.
Laser Thulio
A enucleação de tumor de bexiga com laser oferece vários benefícios em comparação com métodos tradicionais. Entre os principais, destacam-se:
A tecnologia a laser também impacta positivamente a experiência do paciente, desde o procedimento até a recuperação. Dr. Carlos Henrique Matos destaca que “a cirurgia com laser reduz o tempo de uso de sonda urinária e a incidência de sangramento. A maioria dos pacientes recebe alta em até 24 horas após o procedimento, sem sonda e com atividades cotidianas liberadas.”
Além disso, a recuperação é rápida e sem cicatrizes visíveis, permitindo que os pacientes retornem às suas atividades normais em poucos dias. “O desconforto pós-operatório é considerado muito leve e quase não requer o uso de remédios para dor,” acrescenta Dr. Carlos.
Para os cirurgiões, a enucleação a laser representa um avanço significativo em termos de segurança e precisão.
“O laser é uma forma de energia muito segura, de precisão milimétrica e com grande capacidade de coagulação,” explica Dr. Carlos Henrique Matos.
Essa combinação permite uma cirurgia mais precisa e rápida, com melhor visualização da área afetada pelo tumor e menor risco de complicações, como a perfuração da bexiga.
Dr. Carlos Henrique Matos ressalta que praticamente todos os pacientes com tumor de bexiga podem se beneficiar da cirurgia a laser.
A técnica é especialmente vantajosa para pacientes com risco cirúrgico elevado, como aqueles com doenças cardíacas ou neurológicas pré-existentes, e aqueles que utilizam anticoagulantes. “Nestes casos, a cirurgia convencional seria muito mais arriscada e com maiores chances de complicações, principalmente sangramento,” explica.
A enucleação à laser está se posicionando como o tratamento “padrão-ouro” para lesões localizadas e sem invasão da camada muscular da bexiga.
Para cânceres avançados, a Cistectomia Radical ainda é o tratamento padrão. No entanto, a tecnologia continua a evoluir, com inovações como a cistoscopia flexível e a tecnologia de imagem em banda estreita (narrow banding image), que prometem melhorar ainda mais a detecção e ressecção de lesões difíceis de visualizar.
Em resumo, a enucleação de tumor de bexiga com laser representa um avanço significativo na uro-oncologia, proporcionando benefícios claros tanto para pacientes quanto para os cirurgiões.
Como destaca o Dr. Carlos Henrique Matos, “a precisão, segurança e eficácia do laser transformam a experiência cirúrgica, oferecendo uma recuperação mais rápida e menos traumática para os pacientes.”
Postado por producaomgsites em 06/jun/2024 - Sem Comentários
No campo da endourologia, avanços tecnológicos estão constantemente transformando o tratamento de cálculos renais. Um desses avanços é a tecnologia de Bainha de Aspiração Flexível. Para entender melhor essa inovação, conversamos com o Dr. Rodrigo de Carvalho Costa, especialista no assunto.
“A tecnologia de Bainha de Aspiração Flexível é um avanço no campo da endourologia, especificamente desenhada para melhorar a eficiência e a segurança dos procedimentos de extração de cálculos renais,” explica Dr. Rodrigo. Trata-se de um tubo flexível que facilita a remoção de fragmentos de pedras durante a ureteroscopia ou outros procedimentos endoscópicos. A grande inovação é a capacidade de aspiração contínua dos detritos, prevenindo o acúmulo de fragmentos no trato urinário e reduzindo o risco de complicações.
Os benefícios da Bainha de Aspiração Flexível são diversos:
A aspiração contínua dos fragmentos de cálculos reduz o tempo necessário para o procedimento e diminui a probabilidade de fragmentos residuais.
A tecnologia minimiza o risco de lesões na parede do trato urinário, evitando a elevação da pressão intra-renal que pode ocorrer na ureteroscopia convencional.
A limpeza constante do campo de visão durante o procedimento endoscópico permite que os cirurgiões trabalhem com mais precisão e segurança.
A Bainha de Aspiração Flexível é utilizada predominantemente em procedimentos de ureterorrenolitotripsia flexível, voltados para o tratamento de cálculos renais e ureterais. “Essa tecnologia é especialmente recomendada em casos de cálculos renais complexos ou de grande volume, onde a remoção eficiente dos fragmentos é crítica,” afirma Dr. Rodrigo.
Estudos clínicos comprovam a eficácia da Bainha de Aspiração Flexível. “Pacientes tratados com essa tecnologia apresentam taxas mais baixas de fragmentos residuais e complicações pós-operatórias. A eficácia é comprovada por uma maior taxa de sucesso na remoção completa dos cálculos e uma recuperação mais rápida,” destaca Dr. Rodrigo, citando dados de trabalhos científicos internacionais.
A bainha proporciona uma visão clara e contínua do campo operatório, eliminando os fragmentos de cálculos que poderiam obstruir a visão. “Isso permite uma manipulação mais precisa dos instrumentos e reduz a necessidade de procedimentos adicionais. O resultado é um procedimento mais eficiente e seguro, com menor risco de complicações e uma recuperação mais rápida para o paciente,” enfatiza Dr. Rodrigo.
Os desafios comuns incluem a curva de aprendizado associada ao uso da nova tecnologia e a necessidade de equipamentos específicos que podem não estar disponíveis em todos os centros médicos. “Superar esses desafios requer treinamento adequado dos cirurgiões e investimentos em infraestrutura hospitalar. Programas de treinamento e workshops podem ajudar os profissionais a se familiarizarem com a tecnologia e suas aplicações,” sugere Dr. Rodrigo.
Considerando os benefícios claros em termos de eficiência e segurança, Dr. Rodrigo acredita que a Bainha de Aspiração Flexível se tornará uma parte integral das rotinas no futuro. “À medida que mais estudos validam sua eficácia, espera-se que sua adoção aumente, transformando-a em um padrão de cuidado para procedimentos de remoção de cálculos.”
Há várias tendências e inovações em desenvolvimento que podem ampliar a eficácia da Bainha de Aspiração Flexível. “Estas incluem melhorias na tecnologia de imagem e navegação, integração com sistemas de inteligência artificial para uma remoção de cálculos mais precisa e o desenvolvimento de materiais mais avançados que possam aumentar a durabilidade e a flexibilidade da bainha,” menciona Dr. Rodrigo.
A tecnologia de Bainha de Aspiração Flexível representa um avanço significativo na endourologia, oferecendo benefícios claros em termos de segurança e eficácia. Com contínuos desenvolvimentos e inovações, é provável que essa tecnologia desempenhe um papel cada vez mais importante no tratamento de cálculos renais e outros procedimentos endoscópicos. Como afirma Dr. Rodrigo de Carvalho Costa, “Estamos apenas começando a ver o impacto positivo que essa tecnologia pode ter na prática clínica e na vida dos pacientes.”
Postado por producaomgsites em 05/mar/2024 - Sem Comentários
O tratamento dos cálculos urinários, especialmente as pedras no rim, tem passado por mudanças técnicas relevantes nos últimos anos. Estamos acompanhando essas novidades e as evoluções tecnológicas na área para trazer esses avanços para nossos pacientes!
O objetivo principal de quem tem cálculos no rim ou que já teve uma cólica renal é ficar completamente livre das pedras de forma eficaz, pouco invasiva e duradoura.
Para atingir essas metas o urologista deve buscar dois objetivos principais no tratamento:
👉Transformar as pedras em pó (DUST);
👉Aspirar ou remover todos os fragmentos gerados nesse processo (SUCTION).
A fragmentação mais eficiente das pedras ganhou o reforço de novos equipamentos de laser mais modernos e mais potentes.
O mais recente lançamento do mercado é o laser THULIO da empresa Dornier. Esse laser oferece a maior potência de pico de 3,7kW e os pulsos mais curtos entre os lasers de Thulium, o que resulta em uma fragmentação e pulverização mais eficiente das pedras.
A utilização das bainhas de sucção tem aumentado nos principais centros de referência em tratamentos de cálculos no mundo.
Cálculos maiores e mais complexos podem ser tratados através de acesso combinado (ECIRS) utilizando a bainha rígida de aspiração para minipercutânea.
Outros cálculos mais favoráveis podem ser tratados por ureteroscopia utilizando a bainha de sucção navegável flexível que aspira os fragmentos de pedras diretamente dos cálices renais.
Postado por producaomgsites em 18/jan/2024 - Sem Comentários
A cirurgia robótica é uma inovação extraordinária que tem transformado o cenário do tratamento de doenças urológicas.
Os sistemas robóticos proporcionam uma precisão incrível, permitindo que os cirurgiões realizem procedimentos com movimentos milimétricos. Isso é particularmente crucial em cirurgias urológicas delicadas.
A visão oferecida pelos sistemas robóticos proporciona uma visualização detalhada e ampliada da área de trabalho. Isso ajuda os cirurgiões a identificar e tratar problemas com maior clareza.
A abordagem da cirurgia robótica reduz significativamente o trauma nos tecidos circundantes. Isso leva a uma recuperação mais rápida, menor dor pós-operatória e menor tempo de internação.
Os instrumentos robóticos podem replicar os movimentos da mão humana com maior destreza, permitindo que os cirurgiões executem tarefas complexas com facilidade e precisão.
Os instrumentos robóticos podem alcançar áreas de difícil acesso, proporcionando uma abordagem mais abrangente.
A precisão e a capacidade de cauterização dos instrumentos robóticos reduzem o risco de sangramento durante a cirurgia, minimizam as complicações e promovem um procedimento mais seguro.
A cirurgia robótica na urologia representa uma verdadeira revolução, combinando tecnologia de ponta com a perícia dos cirurgiões para oferecer resultados superiores. Essa abordagem é muito utilizada no tratamento dos principais tumores urológicos como câncer de próstata, rim e bexiga, mas também é muito útil em cirurgias reparadoras como Pieloplastia, reimplante de ureter e correção de estenose de uretra.
Postado por producaomgsites em 19/jan/2023 - Sem Comentários
A cirurgia robótica é a modalidade de cirurgia minimamente invasiva mais moderna da atualidade, oferecendo maior conforto, recuperação mais rápida e procedimentos mais precisos e seguros.
Hoje eu trago esse vídeo para explicar melhor como essa tecnologia e a técnica que dela faz parte, está mudando vidas em todo o mundo.